Saúde de Campo Alegre realiza ação após identificar 37 pacientes com feridas crônicas

Cuidar de feridas sempre pareceu ser muito simples, tão simples que dificilmente é prioridade no tratamento do paciente. Qualquer pessoa podia fazer o curativo e utilizar o que tinha disponível.
Em um levantamento recente realizado pela equipe da Saúde de Campo Alegre verificou-se que moradores que possuem as ‘feridas crônicas’, as tem abertas há mais de um mês ou, em um caso mais grave, há 40 anos.
Com o diagnóstico, a enfermeira Tatiane Arenhardt, da Unidade de Saúde Central, em conversa com a Secretária Municipal de Saúde Rosana Emília Greipel demonstrou uma preocupação com o assunto, e apresentou o protocolo para tratamento de feridas.

Enfermeira Tatiane Arenhardt foi responsável por abordar o tema no município. Foto/Prefeitura de Campo Alegre


“No primeiro momento, foram realizados os estudos e levantamentos de custos onde se constatou que é mais barato o investimento em materiais específicos e o tratamento efetivo das feridas do que ficar somente na aquisição e distribuição de materiais para curativos como estava sendo realizado”, afirmou a secretária.
Depois de realizado o levantamento de quantas pessoas no município sofrem com o problema, no mês de março de 2022 foi iniciado o tratamento de feridas seguindo os protocolos do Ministério da Saúde.


“O tratamento inicia com a avaliação do médico ou enfermeira da unidade de saúde de referência do paciente na sequência o paciente é encaminhado para avaliação da equipe responsável pelo protocolo, a equipe responsável inicia a intervenção com o paciente, em seguida a enfermeira responsável pelos curativos passa o caso para a enfermeira da unidade de referência do paciente para acompanhamento e após isso são realizados agendamentos de retorno conforme a necessidade de cada paciente”, complementou.


“Os curativos devem ser adaptados ao paciente, à lesão e ao contexto da prática, à medida que a cicatrização avança, o curativo deve ser modificado para facilitar o processo de cicatrização, portanto, é necessária uma avaliação constante para sucesso no tratamento”, explicou a enfermeira.
Desde o início do tratamento, foram constatados 37 pacientes no município, sendo: 12 pacientes na Unidade de Saúde Central, 8 pacientes na Unidade de Saúde de Bateias de Cima, 6 pacientes na Unidade de Saúde de Bateias de Baixo e 11 pacientes na Unidade de Saúde de Fragosos. Destes, 16 estão em tratamento e 10 já tiveram suas feridas fechadas e cicatrizadas.
Conforme explica a Enfermeira Tatiane Arenhardt, é importante ressaltar sempre que o tratamento não depende somente da equipe médica ou dos procedimentos realizados e sim do empenho e dedicação do paciente e seus familiares, para o sucesso do tratamento “em primeiro lugar o paciente precisa querer, ele vai precisar se dedicar, pois o tratamento também necessita de outros cuidados inclusive com a alimentação e higiene muitos cuidados devem ser seguidos”, salienta.