A Prefeitura de Garuva, através da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou nesta sexta-feira (29) em suas redes sociais um material de orientação sobre a prevenção contra o vírus Monkeypox, causador da doença popularmente conhecida como varíola dos macacos. Em caso de dúvidas, procure o serviço de saúde mais próximo para avaliação médica. Até o momento, não há casos suspeitos ou confirmados da doença no município.
Confira a cartilha:







Caso confirmado em Joinville
Neste sábado (23), a Prefeitura de Joinville recebeu a confirmação do primeiro caso de Varíola do Macaco na cidade. Trata-se de um homem, de 29 anos, morador da Zona Norte, que teve contato com uma pessoa confirmada para a doença no estado de São Paulo há aproximadamente duas semanas.

O paciente contaminado recebeu atendimento em uma Unidade de Pronto-atendimento, onde coletou exames. Atualmente, segue monitorado pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de Joinville em estado estável, cumprindo isolamento domiciliar.
OMS declara emergência internacional de saúde
A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu hoje (23) declarar que a varíola dos macacos configura emergência de saúde pública de interesse internacional. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa.
“Temos um surto que se espalhou rápido pelo mundo, através de novas formas de transmissão, sobre as quais entendemos muito pouco, e que se encaixa nos critérios do Regulamento Sanitário Internacional. Por essas razões, decidi que a epidemia de varíola dos macacos representa uma emergência de saúde pública de preocupação internacional”, disse Tedros.
A decisão não foi consensual entre membros do Comitê de Emergência da OMS, mas o diretor-geral decidiu ir adiante com a declaração. Ele destacou que o vírus tem se espalhado rapidamente por diversos países, o que aumenta o risco de disseminação internacional. Outra preocupação expressada por Tedros diz respeito ao potencial do vírus de interferir em viagens de um país para outro, como ocorreu com a covid-19. No entanto, a OMS ainda considera o risco baixo.
A varíola dos macacos é uma causada por um vírus e transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de abraço, beijo, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo infectado.
Uma das preocupações da OMS é com o estigma que a doença pode provocar, uma vez que a maioria dos contaminados são homens que se relacionam sexualmente com outros homens, especialmente aqueles com múltiplos parceiros.
“Em acréscimo às nossas recomendações aos países, também chamo as organizações da sociedade civil, incluindo aquelas com experiência no trabalho com pessoas HIV positivo, para trabalhar conosco na luta contra o estigma e a discriminação”, disse Tedros.
Vacinação contra a doença
O Ministério da Saúde vai instaurar um Centro de Operação em Emergências para acompanhar a situação epidemiológica e elaborar um plano de vacinação contra a varíola dos macacos, conhecida como monkeypox. O COE será inaugurado na sexta (29).
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (28) pelo secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, durante a 7ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília/DF. Segundo o secretário, a vacina a ser adquirida possivelmente será de vírus não replicante. A previsão é que 50 mil doses sejam destinadas ao Brasil, de acordo com a solicitação feita à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Foram convidados a participar do colegiado, membros do Conass, Conasems, Opas, Anvisa e representantes de outras secretarias do Ministério da Saúde, além da própria SVS. “O esquema de imunização deve ser de duas doses com intervalo de 30 dias entre elas. Já estamos em tratativas com as fabricantes para adquirir os imunizantes. O COE vai acompanhar todo o processo pandêmico em relação à monkeypox”, destacou Medeiros.
Causada por um vírus, os sinais e sintomas da doença podem durar entre duas e quatro semanas. A transmissão ocorre principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados. A transmissão por meio de gotículas requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, por isso, trabalhadores da saúde, membros da família, parceiros e parceiras têm maior risco de contaminação.
Mesmo quando não havia nenhum caso no Brasil, o Ministério da Saúde estabeleceu um fluxo de vigilância ativa para o País. Foi definido o que seria um caso suspeito, um caso confirmado e um caso descartado. Também foi imediatamente determinado um fluxo para o diagnóstico e testagem.
Edição Herison Schorr
Jornalista formado pela Fcauldade Bom Jesus Ielusc
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