Essa é uma frase que costumamos ouvir pela TV em propagandas de medicamentos, mas, que, até então, passava despercebida. A busca por medicamentos para diminuir os sintomas da dengue pode tornar-se algo perigoso quando há a automedicação, podendo agravar a doença.
A médica Emmanuelle Reis explica que, para o tratamento da dengue, não há, de fato, um tratamento específico, e é receitado medicamentos apenas para amenizar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos, dando preferência ao Paracetamol e, ou, Dipirona. A médica ressalta que o vírus da dengue infecta células responsáveis pela formação de células de defesa e sanguíneas e pelo metabolismo do ferro.

Mosquito Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Foto/Internet
“Então, a gente evita dar qualquer medicamento que possa interferir no funcionamento da medula óssea, baixando plaquetas ou células de defesa, pois isso pode ser sinal de gravidade na dengue”, complementa.
Emmanuelle enfatiza que é de extremo perigo o uso de medicações à base de ácido acetilsalicílico (o AAS) e anti-inflamatórios, comummente presentes em caixinhas de remédios das famílias.
“Essas medicações costumam baixar os níveis das plaquetas, células responsáveis pela coagulação do nosso sangue. Na dengue, costuma ocorrer uma diminuição na contagem dessas células, podendo ocorrer sangramentos. Se a pessoa faz uso dessas medicações, pode agravar (e muito) o quadro”, alertou.Leia também: A histórica epidemia de dengue em Florianópolis, no século XIX
Texto: Herison Schorr
Jornalista formado pela Faculdade Bom Jesus Ielusc
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