Pescadores de Itapoá capturam 1 tonelada de tainha e celebram chegada dos cardumes

A pesca da tainha iniciou em Santa Catarina do dia 1 de maio. Otimistas, os pescadores de Itapoá reorganizaram suas rotinas para dedicarem-se a uma das temporadas mais esperadas por eles, com intuito de revigorar a renda familiar com a venda destes pescados típicos das estações frias. Os primeiros cardumes já eram avistados e capturados no Litoral Sul catarinense, causando ansiedade aos que esperavam léguas mais acima.

Porém, o mês inteiro foi de frustração no município, com redes lançadas ao mar e recolhidas praticamente vazias, como conta o pescador itapoaense, morador do Pontal, Abel Pereira Gomes, de 66 anos, destes, 53 dedicados à pesca. Segundo Abel, as tainhas estavam muito distantes da costa, e, com redes baixas, não eram possíveis capturá-las.

Tainhas capturadas nesse domingo (5). Foto: Acervo

A madrugada de domingo (5) foi escolhida para mais uma tentativa do pescador, para encher suas redes. Uma decisão bem tomada.

“Saímos 4h da manhã e já cerquemos. Graças a Deus, cerquemos; foi o dia que mais pegamos”, comemorou.

As redes pesadas eram puxadas com euforia e tranquilidade. A renda familiar do mês estava assegurada. Naquela manhã, o pescador e seus colegas de trabalho capturaram 1 tonelada do peixe. Ao chegar na areia, houve auxílio para puxá-las, recompensados com uma tainha cada. Devido a grande procura pelo peixe, a pescaria do dia foi vendida em questão de horas. Fotografias da fartura foram publicadas nas redes sociais e viralizaram.

Abel durante a célebre pescaria de domingo. Foto: Acervo

Abel conta orgulhoso sobre a profissão que está atravessando sua descendência. “Na minha família, todo mundo é pescador, meu filho é pescador, meu neto é pescador. Tenho um neto de 5 anos e já que ir pescar”, revelou. Para o pescador, é um grande privilégio vivenciar a profissão, um trabalho que lhe proporcionou criar sete filhos, alimentando-os com o que vinha do mar.

“Agradeço a Deus por ter feito essa coisa tão maravilhosa que é o mar, pra nós pescar e buscar o fruto de cada dia”, encerrou.

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Texto: Herison Schorr

Jornalista formado pela Faculdade Bom Jesus Ielusc