Os seres que vêm de fora: O Caso Cornelsen de Itapoá

2015. O final de semana nas praias de Itapoá foi satisfatório. Suas águas térmicas tornaram-se a recompensa ideal para quem deixa a metrópole de Curitiba em busca de plenitude em contato com a natureza. O regresso, geralmente antes do pôr do sol, acabou atrasando a família curitibana que optou voltar para casa próximo da meia-noite. Talvez, o primeiro dos três erros. E a escolha de um antigo e conhecido caminho, para retornar ao lar, também tenha se tornado a pior das escolhas naquela noite: a lendária e misteriosa Estrada Cornelsen.

Pai e mãe observavam os faróis do carro iluminando as linhas contínuas que sinalizavam a estrada. Nos bancos traseiros, o casal de filhos dividiam-se em preguiças, cochilos e um olhar desinteressante para a mata densa que circunda o local. Havia uma luz no céu que oferecia resquícios de clareza, fazendo sombras nos galhos. Tão natural em uma noite de luar. Porém, os olhos atentos do filho identificaram do lado esquerdo mais uma luz sobre as árvores, uma luz que se movia.

Antes que pudesse emergir o sentimento de estranheza com o que via, outra sensação tornou-se mais expressiva quando, rapidamente, a luz misteriosa invade a estrada ofuscando os olhos assustados e iluminando todo o local. De forma sequencial e imediata, a luz desaparece, os faróis se apagam e o carro perde suas funções por completo, mergulhando toda a família em uma sombria escuridão, a 90 km/h. 

A agilidade do bom condutor conseguiu salvar a todos, quando parou o veículo no acostamento. Houve silêncio, respiração ofegante e desconfiança sobre o que havia acontecido com o carro,  o que vagava do lado de fora, o que eram aquelas luzes? Instintivamente, os celulares seriam a salvação para um imediato resgate, mas eles não funcionavam.  Aí decidiram sair do veículo, para buscar socorro. 

Caminhando lentamente próximo do carro, pelo acostamento, guiavam-se com o que a Lua oferecia de forma necessária. Um pouco à frente, o socorro, finalmente,  parecia ter chegado,  provavelmente, vizinhos que ouviram a movimentação.

Ainda eram apenas duas silhuetas de braços, pernas, tronco e cabeça, cobertas pelas sombras da floresta. Alguns passos adiante, em cerca de 10 metros, a luz do céu revelou as identidades de quem espreitava perto da mata. Para o horror de quem via, constataram com tenebrosa certeza de que não eram vizinhos hospitaleiros, nem humanos. 

Representação da cena baseando-se nas descrições fornecidas pela família de Curitiba. Arte/Herison Schorr

O Caso Cornelsen 

O relato obtido há sete anos faz parte de um vasto acervo com 800 informações de contatos ufológicos em Itapoá – sendo quatro deles relatando avistamentos de seres considerados Extraterrestres (ETs) – coletados ao longo de quase duas décadas pelo Grupo de Pesquisa Ufológica de Santa Catarina (GPUSC). 

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O ufológio Luiz Prestes Junior, que está à frente da pesquisa, conta que há no município uma região específica, entre a ponte do rio Saí-Guaçu da Avenida Saí-Mirim, também conhecida como Estrada Cornelsen, e a praia da Barra do Saí, onde ocorrem muitos avistamentos de luzes, naves triangulares, ovais e discoidais, além da experiência com ETs, como testemunhado pela família de Curitiba. No Pontal da Figueira, bairro mais ao Sul do município, os avistamentos também ocorrem, mas com menos frequência. Em alguns casos, são fotografados.

Os relatos

Estrada Cornelsen tornou-se conhecida pela comunidade ufológica brasileira devido ao vasto acervo de relatos sobre fenômenos que ocorrem no local. Foto/GPUSC

1) “… Há alguns anos, passando pelo mesmo trecho da estrada, meu carro simplesmente apagou do nada, desligou absolutamente tudo (detalhe: ele não estava com nenhum problema, foi a viagem toda Curitiba-Garuva), mas, naquele trecho, aconteceu isto. O desespero bateu, porque era um trecho escuro, sem casas ou comércio por perto e realmente a estranha impressão de estar sendo observada…”

2) “…já tivemos experiências nas proximidades daquele local, umas duas vezes vindo de Itapoá vimos luzes estranhas e grandes naquela região, onde do nada desapareceram, e não piscavam como as luzes de aviões; o céu estava limpo…”

Ponte sobre o rio Saí-Guaçu. De acordo com os relatos colhidos, o local é foco das manifestações ufológicas da região de Itapoá. Foto/GPUSC

3) “…quando olhei para céu, vi um luz que deslocava muito rápido e não era no sentido reto, variava de um lugar para outro rapidamente, até que apareceu outra luz e elas se encontraram e rapidamente cada uma foi para um lado…”

4) “…Avistamos um ponto vermelho que piscava entre vermelho e branco, muito rápido. O objeto ia para frente e para trás, também, muito depressa; ficamos por alguns segundos observando e, logo após, surgiu mais um objeto do mesmo tamanho e cor, ambos ficaram parados por mais alguns segundos, um de frente para o outro; em seguida, foram embora em direções opostas…”

Luz misteriosa em formato discoidal fotografada em Itapoá. Foto/GPUSC

5) “…Estava voltando de Guaratuba para Itapoá e, logo após passar pela ponte da divisa na Estrada Cornelsen, percebi pelo espelho retrovisor que havia uma luz vindo pela estrada, pensei que fosse um caminhão, mas, quando a luz chegou mais próxima da traseira do meu veículo, percebi que ela tinha um formato esférico e estava em torno de 1,5m do chão. Meu carro começou a falhar, fiquei desesperada na hora. Tentei pegar o celular e notei que não havia sinal, neste momento, percebi que a luz veio para cima do meu carro e depois desapareceu…”

6) “…como sempre faço o trajeto Guaratuba a Itapoá, por várias vezes avistei uma pessoa que aparentava ser um homem, logo após a ponte do rio Saí-Guaçu. O mesmo aparenta estar pedindo ajuda, mas, quando chegamos perto, sentimos que o carro começa a se comportar de forma estranha, e o tal que acho que era um homem simplesmente desaparece. Já escutei esse mesmo relato de outras pessoas que passam pela região…”

7) “…ao passar por aquele trecho da estrada, meu carro começou a falhar e tive que parar no acostamento. Vi luzes vindo pela estrada, mas, quando chegaram perto do meu veículo, pude perceber que não eram nada que podia descrever, pareciam bolas de luz sobre a rodovia, depois logo sumiram e o meu carro voltou ao normal…”

8) “…na Barra do Saí, avistei um objeto metálico comprido que apareceu no céu do nada e seguiu em direção a Garuva. O objeto estava distante de onde eu estava, mas pude perceber que o mesmo estava voando baixo e não era avião, balão ou coisa parecida…”

9) “…ao passar pela ponte da divisa, seguindo em direção a Itapoá, meu veículo simplesmente falhou do nada, as luzes apagaram. Tentei usar o celular, mas não havia sinal. Fiquei muito desesperada, sentia que havia alguma coisa ali…”

Os trechos de relatos apresentados acima fazem parte do vasto acervo do GPUSC que contabiliza e estuda os fenômenos que ocorrem na rodovia. Com a vastidão de testemunhos, a Estrada Cornelsen tornou-se famosa entre a comunidade ufológica do Brasil, batizando a investigação realizada sobre o caminho de ‘Caso Cornelsen’, como destaca o ufólogo brasileiro Ademar José Gevaerd, editor da Revista UFO, publicado pelo Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores, entidade do qual também é fundador e presidente.

“Tenho relato de gente de alta credibilidade que diz que, ao passar pela Estrada Cornelsen, eles não se lembram como, mas eles reapareceram perto da Polícia Rodoviária Federal, próximo a Curitiba. Essa Estrada Cornelsen é uma área de imensa importância para a ufologia brasileira, pois, ali, ocorrem casos verdadeiramente fantásticos”, destacou o ufólogo que costuma visitar o município.

Luiz complementa sobre a coleta de informações afirmando que os relatos, geralmente, chegam à equipe meses após o ocorrido, devido ao receio pelo estigma que a temática ainda causa na população. 

Algo na garupa da moto

Murilo Henrique Nakoneszen Boenig, hoje com 32 anos, morava em Curitiba e mudou-se para Itapoá no início de 2003. Após conseguir um emprego no município, o novo morador passou a usar a Estrada Cornelsen como rota de viagens aos municípios de Garuva e Joinville. Nas continuas idas e vindas, durante a noite, notou eventos que saíam do habitual.

“Voltando de Joinville para Itapoá, fui buscar equipamentos para a empresa, como na maioria das vezes que a gente ia buscar equipamentos e deixava para o final da noite, quando tinha neblina, sempre acontecia algo estranho, igual achar que é um farol, um carro que está te acompanhando, e você achar que está fazendo uma ultrapassagem, e esse carro nunca te ultrapassa, nunca encosta, e, do nada, você faz uma curva e aquela luz some e não aparece mais; é bem estranho”, relatou.

Dentre as situações atípicas, Murilo observou, também, que durante o aparecimento das luzes, o carro era seguido por elas, e, em alguns casos, perdia sua potência sendo envolto pela neblina. Ao comentar os acontecimentos com colegas de trabalho, filhos de moradores mais antigos, ele descobriu que a região da Estrada Cornelsen era famosa por eventos estranhos, tornando-se, com o passar dos anos, conhecimentos populares.

“Tinha um rapaz que trabalhava comigo, que contou uma história pra mim, que o tio dele, quando moleque, há muitos anos atrás, saiu com outro amigo para caçar naquela região da entrada de Itapoá. Os dois entraram, se dividiram, e o cara nunca mais voltou. O tio dele não sabe o que aconteceu, o cara simplesmente sumiu. Tem outro cara que também sumiu, que entrou exatamente para poder entender o que acontece, o que tem de errado no local e simplesmente desapareceu”, relatou. Outras histórias conhecidas pela comunidade, de acordo com Murilo, são os pescadores que somem no rio Saí-Guaçu.

Curioso, o recém-chegado de Itapoá convidou o amigo de trabalho para adentrarem na mata, também, em busca de respostas, mas, segundo ele, o pai e o avô do colega, moradores mais antigos da região, proibiram veemente, devido aos riscos. Até que um evento ocorrido em uma sexta-feira emblemática, para Murilo, o mais significante de todos, o fez repensar se adentrar no local seria uma boa ideia.

Murilo tornou-se uma das centenas de testemunhas que presenciaram fenômenos na Estrada Cornelsen. Foto/Acervo

Convidado para participar de uma sessão mediúnica na casa de familiares, em Garuva, Murilo foi orientado pela tia para que viesse o mais cedo possível, antes do pôr do sol, após sair do trabalho. Porém, alguns imprevistos na empresa o fizeram atrasar, obrigando-o a passar pelo local, e de moto, no crepúsculo do final da tarde.

“Logo na saída da cidade, passando a ponte, eu avancei, não deu 1 km, eu senti que a moto tivesse ficado ‘pesada’, ela perdeu potência, aparentemente, eu estava em uma velocidade constante e parece que alguma coisa grudou na moto, parece que alguma coisa estava puxando, alguma coisa mais pesada, que fez com que a moto desacelerasse um pouco. Eu tive que reduzir a marcha para manter a velocidade que eu estava, e ela começou a forçar; achei estranho isso”, relatou.

Ao notar que a moto havia perdido força na tração, Murilo verificou nos espelhos retrovisores se havia algo na garupa. No espelho esquerdo, o motorista notou uma densa massa preta fosca cobrindo-o por completo, mesmo ainda tendo luz solar; do lado direito, o que viu foi a continuidade da estrada por onde havia passado; ao retornar com seus olhos para o espelho esquerdo notou novamente aquela formação escura que tampava a visão da estrada atrás.

“Logo depois que isso aconteceu, comecei a fazer oração, como de costume, e eu vi que alguma coisa, não sei afirmar, se aquilo estava realmente pendurado na moto, se aquilo estava acompanhando a moto atrás, o que era, só sei dizer que num momento que comecei a fazer oração eu vi um volume preto muito grande, uma forma meio humanoide; eu vi essa entidade cruzar por de trás da moto, ela passou por mim como se eu tivesse parado, eu estava 80 km/h com a moto; ele passou a mais de 100 km/h tranquilo”, disse ainda com lembranças de medo.

Após a entidade saltar da moto, Murilo ouviu sua movimentação adentrando à mata, quebrando os galhos pelo caminho. O motorista destaca que conseguiu notar a criatura possuindo pernas, braços e um formato de corpo ovular. “Achei muito estranho, aquilo me arrepiou de um jeito”, relembrou. Para a testemunha, há uma certeza de que o episódio foi um contato não espiritual, mas físico, devido às condições que ocorreram.

A Lua, a névoa e a madrugada

Os relatos das testemunhadas seguem, em maioria, uma sequência padronizada de manifestações, como observou o ufólogo Luiz: durante a madrugada; o surgimento repentino de uma neblina rente ao asfalto; o avistamento de luzes estranhas que pode perseguir ou não os veículos; a pane eletrônica que desliga todos os aparelhos, como: celulares, lanternas e o próprio automóvel, que voltam ao normal após cerca de 10 a 15 minutos. 

Os eventos são registrados, em sua maioria, durante a lua nova, início da fase crescente e fim da fase minguante. Entretanto, um dos eventos presenciados por uma das principais testemunhas ocorreram durante a lua cheia.

“Outro dado interessante da estrada é o efeito conhecido na ufologia como missing time, que é a perda da noção de tempo. Testemunhas relataram que avistaram uma luz no céu, ou pelo retrovisor, na estrada, vindo muito rápido, próximo do veículo, e voa acima do veículo; em alguns casos, ocorre a pane elétrica, inclusive da lanterna. A testemunha relata que leva 10 minutos, mas ela volta à viagem e percebe que levou mais tempo, inclusive 3 horas, e eles não lembram o que ocorreu nesse período”, acrescentou. 

A névoa que aparece na Estrada Cornelsen, antes dos eventos, também é registrada antes ou durante a aparição de Ovnis (Objetos Voadores Não Identificados) em Garuva, município vizinho. O ufólogo explica que consegue identificar a sincronia devido os horários e datas de avistamentos, relatados pelas testemunhas, que ocorrem de forma simultânea nos municípios.

Em 2018, Fred Morsch apresentador do programa ‘De Carona Com os Ovnis’, da grade do History Channel, chegou ao município em busca de respostas para a misteriosa névoa que costuma aparecer no local, antevendo o aparecimento de luzes e seres.

Episódio deu destaque para o Caso Cornelsen que ganhou notoriedade nacional no campo ufológico. Gravação/YouTube/Tiago F

“O que me chamou a atenção foi o fato de que a estrada fica perto da cidade. Mas, quando eu cheguei, me surpreendi com a mata fechada de ambos os lados da estrada”, destacou Fred em entrevista ao Folha Norte SC.

Outro fato que lhe despertou curiosidade foi, segundo ele, conhecer o caso de mãe e filha que passaram pela estrada e presenciaram os fenômenos. “Segundo elas, uma luz as perseguiu e o carro parou do nada. Tudo apagou. Motor, luz. Segundo elas, houve um missing time, pois elas demoraram muito para chegar em casa”, disse.

A equipe da GPUSC também está em gravações de seu próprio documentário sobre a Estrada Cornelsen, baseando-se nos materiais coletados ao longo dos anos. O trabalho tem como previsão de lançamento o mês de abril de 2023.

Anomalia eletromagnética

No início das pesquisas, Luiz explica que acreditava-se que uma anomalia eletromagnética presente poderia ser constante no trecho da estrada onde ocorrem os eventos.

Em diversas pesquisas de campo, a equipe identificou trechos da rodovia onde não há cobertura de sinal de celular e falha em ondas de rádio, mas o que chamou a atenção dos pesquisadores é que a anomalia eletromagnética é registrada apenas durante os eventos que ocorrem na região.

“Isto é curioso, porque indica que durante a manifestação dos fenômenos estranhos, que ocorrem na estrada, há o registro de anomalia eletromagnética e esta permanece por até uma semana após o evento; depois, não é mais registrada, até que um novo evento seja registrado”, identificou.

Os moradores e as antigas histórias

Adentrando ao conhecimento popular de antigos moradores de Itapoá, Luiz identificou que as histórias sobre avistamentos misteriosos na estrada e na costa do município são datadas.

De acordo com o pesquisador, a população afirma que na região haviam vários Sambaquis, – conglomerados montanhosos de conchas utilizados pelos povos pré-históricos, habitantes do Brasil, como local para resguardar utensílios do seu cotidiano e enterrar seus mortos – e que eles foram destruídos para, com seu material, construir a estrada.

Durante o processo, muitos ossos foram retirados e descartados. Para os moradores ouvidos pelo pesquisador, as luzes seriam os espíritos dos nativos que tiveram seus túmulos violados. Há, também, o relato de pescadores do município que afirmam avistar luzes sobrevoando rente à água e, inclusive, abaixo dela, como será contado do próximo capítulo da reportagem.

Vista aérea da Estrada Cornelsen. Foto/GPUSC

Outra rica fonte de coleta de informações, segundo o ufólogo, são os policiais que patrulham a região e são constantemente acionados pela população que passa pelo local e se depara com as luzes misteriosas. “Muitos motoristas param para relatar as coisas estranhas que ocorrem na estrada. Os policiais informaram que os veículos são seguidos por luzes, que há objetos que aparecem sobre os carros, naves em formato triangular que ficam pairando sobre a estrada; uma neblina estranha que aparece de repente, mas a maioria dos eventos são de luzes perseguindo os veículos”, comentou.

Luiz orienta que os motoristas fiquem calmos e reduzam a velocidade se depararem com esses eventos ao trafegarem pelo local, além de evitar fotografar e filmar, devido a possibilidade de acidente enquanto estiverem manuseando o aparelho. Outra recomendação importante é não perseguir os objetos luminosos.

A praia dos avistamentos

Entre o rio Saí-Mirim e o rio Saí-Guaçu há uma faixa de areia isolada, com cerca de 2 km de extensão, que tornou-se um ponto de pesquisa e observação de Ovnis. 

Região litorânea de Itapoá onde, segundo o GPUSC, há grande grande incidência de avistamentos de Ovnis. Foto/GoogleMaps

Luiz destaca um fenômeno que tornou-se comumente avistado no local: “Uma esfera luminosa sobre a vegetação, fazendo curvas de 90 graus e saindo em grande velocidade”, afirmou. Segundo o pesquisador, os eventos da Barra do Saí costumam deixar alterações no ambiente, como marcas nos solos e vegetação, e estão ligados aos avistamentos na Estrada Cornelsen.

As imagens registradas dos acontecimentos passam por perícia com software para identificar possíveis alterações. Quando é comprovado que a fotografia é legítima, inicia-se o processo para classificar o objeto, que pode ser um satélite, meteoro, avião, lixo espacial, um planeta, uma estrela ou a própria estação internacional.

Aglomerado de luzes misteriosas fotografado na Barra do Saí, em Itapoá. Foto/GPUSC

Para isso, Luiz lista uma série de aplicativos, além de dados fornecidos pela site da Nasa, que são usados pela equipe para acompanhar a movimentação no céu gerada pela rota de satélites, de meteoros, aviões e da estação, com uma precisão de horários. “Sempre perguntamos para as testemunhas a data, o horário e a posição que o objeto estava no céu, para fazer a comparação”, complementou. Quando há a comprovação de que o objeto não se enquadra nas classificações, ele é denominado como Ovni.

Itapoá, 26 de julho de 2015 – 20h00min

O Sr. Carlos Pires estava retornando para casa de bicicleta e, quando chegava ao balneário Pontal da Figueira, avistou um objeto triangular escuro passar sobre ele, vindo do Oeste (continente) e se dirigindo para o mar, em direção de São Francisco do Sul.

O objeto não emitiu nenhum tipo de som, possuía três luzes na parte de baixo e o Sr. Carlos notou pequenos pontos luminosos na lateral do objeto, mas não conseguiu identificar o que poderia ser, pois o veículo estava se deslocando em certa velocidade.

O mais interessante era que o objeto triangular estava sendo acompanhado por outros dois objetos esféricos luminosos de coloração vermelha.

Relato divulgado pelo Grupo de Pesquisa Ufológica de Santa Catarina

Itapoá, 17 de outubro de 2015 – 22h00min.

A testemunha Sra. Fernanda Cristina estava com alguns amigos no calçadão beira-mar, quando avistaram um objeto triangular se deslocando no céu na direção de São Francisco do Sul-SC, em direção a Guaratuba-PR.

O objeto estava a grande altura, mas as testemunhas puderam identificar várias características, como a ausência de som, três luzes embaixo, formato triangular, coloração escura.

Nesta mesma noite, recebemos relatos de avistamento de um objeto triangular desde às 21h00min até às 03h00min da madrugada em Joinville, São Francisco do Sul e Itapoá, em Santa Catarina; Guaratuba, Morretes, Piraquara e Curitiba, no Paraná.

Relato divulgado pelo Grupo de Pesquisa Ufológica de Santa Catarina
Objeto voador esférico, luminoso e de coloração vermelha fotografado em Itapoá. Segundo Luiz, o aparecimento desse tipo de Ovni é comum na região. Foto/GPUSC

Os apontamentos da pesquisa

Com linhas de pesquisa, Luiz pontua algumas informações obtidas sem concluir a hipótese do interesse desses seres pelo município, mas destaca que há na região um corredor de atividades ufológicas gerado por um campo energético formado pela tríplice ligação entre três montanhas da região: o Monte Crista, em Garuva; o Cantagalo, em São Francisco do Sul e o Castelo dos Bugres, em Joinville. Porém, ao aprofundarem as pesquisas, outro triângulo foi descoberto pela equipe.

Caso tenha uma experiência que se assemelhe com as relatadas na reportagem, entre em contato com o ufólogo Luiz Prestes pelo WhatsApp: 47 99286-6420. Sua identidade será preservada e contribuirá para o grupo de pesquisas.

Leia também: Os seres que vêm de fora: ‘Eles’ estão em São Francisco do Sul

No próximo capítulo: Os seres que vêm de fora: ‘Eles’ estão em São Francisco do Sul

O avistamento de seres não humanos, designados como extraterrestres, é recorrente na região da Vila da Glória, segundo relatos coletados pelo ufólogo Luiz Prestes Junior. Em uma descrição genérica baseando-se nos diversos depoimentos, o ufólogo descreve dois tipos dessas entidades. Continua…

Texto/Herison Schorr

Jornalista formado pela Faculdade Bom Jesus Ielusc

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