Epagri avalia danos causados por chuva em arrozais e bananais da região

A Epagri está iniciando o levantamento de perdas no meio rural catarinense, após as fortes chuvas que atingiram as regiões Litorânea, Planalto Norte e Vale do Itajaí, entre 26 de novembro e 1 de dezembro. Até a segunda-feira (5), muitas áreas rurais atingidas ainda permaneciam isoladas, com acessos prejudicados por terra e sem sinal de internet, celular, ou até sem luz, o que vem dificultando um trabalho mais minucioso da Epagri na apuração das perdas.

O Litoral Norte do Estado enfrentou volume de chuva significativo entre 26 de novembro e 5 de dezembro. As estradas do interior ficaram muito avariadas, deixando as condições de tráfego precárias e causando muitos transtornos.

Arrozal alagado na localidade de Urubuquara. Foto/Herison Schorr

Os arrozais de praticamente todos os municípios da região sofreram com inundação. As áreas inundadas variaram de 10 a 30% na maioria dos municípios, mas chegaram a 50 a 70% em Guaramirim e Schroeder, que foram atingidos por maior volume de chuva.

A boa notícia é que inundação de dois a três dias no período de desenvolvimento vegetativo não provoca muitos danos nas lavouras de arroz, informa Adriana Andréa Padilha, extensionista da Epagri na região. O arroz se recupera e as plantas continuam a se desenvolver. Não foram constatados acamamentos e amarelecimentos das plantas depois que a água baixou. As áreas atingidas ainda não estavam na fase de florescimento, o que poderia causar um dano muito maior.

Até a segunda-feira, 5, poucas áreas de arroz permaneciam inundadas. Inundações por um período mais prolongado podem resultar em prejuízo maior, com amarelecimento e apodrecimento das plantas. “Contudo, os percentuais de danos só poderão ser dimensionados com o passar do tempo”, esclarece a extensionista.

Os bananais da região foram afetados em menor extensão do que os arrozais, porém houve perdas estimadas entre 5 a 10% da produção em alguns municípios, causadas por tombamento das plantas e atraso na colheita. O transporte da produção foi prejudicado pela condição precária das estradas, o que aumenta o percurso e o custo.  O excesso de umidade também poderá provocar algum ataque de pragas nos bananais e algum atraso no desenvolvimento futuro.

Na produção de hortaliças, houve perda em plantas que estavam prontas para colheita ou recém-semeadas, em áreas que ficaram alagadas. A produção em abrigo não foi afetada, pois os ventos não foram fortes. Como são culturas de ciclo curto, o prejuízo é recuperado mais rapidamente.

Na pecuária, há relatos de alguns animais arrastados pela correnteza na madrugada do dia 5, mas a Epagri ainda não tem o número exato.

Nos 34 municípios da região, os maiores prejuízos são na área de infraestrutura, com a destruição de estradas, deslizamentos e avarias em pontes. Nas propriedades rurais também foram observados pequenos deslizamentos de terra.

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