A primeira semana de imunização da nova faixa etária (3 a 4 anos) contra a Covid-19 começou com uma baixa adesão em Garuva, é o que aponta o vacinômetro da Secretaria do Estado da Saúde. Segundo dados da entidade, apenas uma criança, até o momento, recebeu o imunizante.
De acordo com a nota técnica do Diretório de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), são 651 crianças propensas para receber o imunizante em Garuva.
O secretário municipal de Saúde, Rogério Martinho Thomas, observa com preocupação a baixa adesão à vacinação mesmo com vários movimentos realizados, como divulgação nas mídias, busca ativa e pesquisa com envio de formulários através da rede de ensino pública.
“Dado o impacto causado da mortalidade por Covid-19 em crianças, segue aumentando no Brasil, sobretudo, naquelas que ainda não foram vacinadas”, alertou.
Segundo Rogério, vacinar as crianças interferirá também na proteção indireta da população, já que aumentará a cobertura vacinal e diminuirá a circulação do SARS- Covid e suas variantes. “São incontáveis as justificativas éticas, epidemiológicas, sanitárias e de saúde pública”, complementou.

Sobre a baixa adesão na população, o secretário destaca a possibilidade de ser um efeito das notícias falsas que circulam na contramão da realidade que é a propagação de um vírus que já causou cerca de 6 milhões de mortes em todo o mundo. “A verdade é uma só: vacinas salvam vidas!”, finalizou.
A vacinação contra Covid-19 em Garuva ocorre nas Unidades Básicas de Saúde.
Diminuição da procura por imunizantes de crianças é observada em outras vacinas
O estado de Santa Catarina tem identificado uma significativa redução nas coberturas vacinais nos últimos anos, alertou o Diretório de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina. De acordo com a entidade, a pandemia da Covid-19 impactou as ações de imunização, embora a baixa procura pelas vacinas também possa ser explicada pela falsa sensação de segurança causada pela diminuição ou ausência de doenças imunopreveníveis (poliomielite, varicela, sarampo, tétano e muitas outras), movimento antivacinas, desconhecimento da importância da vacinação, falsas notícias veiculadas, especialmente nas redes sociais, e interoperabilidade dos sistemas de informações.

A prevenção de doenças infecciosas mediante o processo de vacinação (imunização) é uma das medidas mais seguras e custo-efetivas para os sistemas de saúde, destaca a entidade. “A partir da imunização foi possível evitar milhões de óbitos e incapacidades ao longo da história, seja controlando várias doenças como sarampo, rubéola e poliomielite ou, até mesmo, erradicando, como a varíola”, afirmou em relatório.
Para isso, coberturas adequadas e homogêneas se fazem necessárias para todos os grupos populacionais: crianças e adolescentes, alunos de escolas públicas ou privadas. A Dive reforça que as vacinas utilizadas atualmente no país são seguras e eficazes, com eficácia comprovada, independentemente da tecnologia utilizada. “Todas as vacinas utilizadas no âmbito do Programa Nacional de Imunização (PNI) foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, destacou.
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Texto: Herison Schorr
Jornalista formado pela Faculdade Bom Jesus Ielusc