Documentário sobre violência doméstica e sequelas da pólio em SC é lançado nesta segunda

O Folha Norte SC está de cara nova. A nova proposta do jornal trará, agora, uma série de documentários produzidos em Santa Catarina e com cunho didático. Em minha, conto a história de Luciane Cordeiro, moradora do município de Garuva, Norte do Estado, que vive desde o início da infância com a sequelas da paralisia infantil. Durante o documentário, Luciane revela segredos do seu passado marcado pela violência doméstica.

As vivências de Luciane apresentarão aos espectadores um novo olhar sobre a importância da vacinação contra a poliomielite que, em Santa Catarina, está abaixo do recomendado. Segundo o Diretório de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive -SC), a cobertura vacinal contra a pólio no Estado está abaixo do recomendado, que é de 95%. A falta de interesse pela procura da vacina poderá dar brecha para a doença adentrar e causar uma epidemia semelhante a que ocorreu entre os anos 70 e 80, e que ocasionou mortes na região.

Para realizar a pesquisa história, que complementa o documentário, me baseei em periódicos dos anos 70 e 80 onde ocorreram ações drásticas para conter o avanço da epidemia em Santa Catarina. Houve uma verdadeira operação de guerra para contar a pólio em Santa Catarina, onde o próprio criador da vacina, Albert Sabin, foi convocado para auxiliar os militares.

Fonte/Hemeroteca Digital Nacional

Outro ponto importante abordado pelo documentário é sobre a violência doméstica, vivida pela entrevistada que, segundo suas lembranças, aprendeu desde cedo que deveria encontrar um companheiro para cuidar dela com a deficiência. Essa ideia gerou em Luciane uma dependência emocional, submetendo-a a violência não só física, mas, também psicológica. Acredito que outras mulheres com deficiência ainda passem por isso.

Conheci a história de Luciane por meio de amigos que, primeiramente, contaram a história de seu filho, André Muller. Em maio de 2020, publiquei uma reportagem contando sobre o menino garuvense que produzia peças de crochê para ajudar sua mãe, que não conseguia encontrar um emprego devido as sequelas da pólio. Agora, é a vez dela contar a sua história.

Nesta nova fase do jornalismo, agora, mais didático, é importante que a população contribua compartilhando, curtindo, comentando e se inscrevendo em nosso novo canal para acompanhar os próximos conteúdos publicados na plataforma!

Assista o Documentário In dependência – Sequelas da pólio e da violência doméstica em Santa Catarina”; clicando aqui 👇

Contribua com o nosso trabalho e faça o jornalismo educativo crescer! Clique aqui e acesse o link da campanha Apoia-se

Texto: Herison Schorr – Jornalista formado pela Faculdade Bom Jesus Ielusc