Um levantamento encomendado pela Prefeitura de Garuva identificou que desde 2008, 89 acidentes com vazamento de produto tóxico, que ocorreram entre os km 664 a 682 da BR 376, contaminaram o rio São João. O resultado da contínua contaminação foi a identificação de arsênio, cobre, cromo e chumbo encontrados nos sedimentos do rio, como conta a secretária do Meio Ambiente do município Silmara Ghiggi.

“Desde 2018, o produto que vazou do acidente é tão perigoso que tem um embargo até hoje do rio São João, pelo Ibama. Olha o que traz de prejuízo para o município”, disse a secretária.
Reividicações
A secretária afirma que, em conjunto com a Prefeitura de Garuva, estão reivindicando com a empresa responsável pela rodovia e órgãos públicos bacias de contenção para colocar na rodovia e impedir o vazamento dos produtos após acidentes. Outra reivindicação é pelo repovoamento das espécies de peixe que morrem em cada acidente. “A gente já perdeu mais de três toneladas de peixe só em dois acidentes”, lamentou.

Sobre as multas, Silmara explica que, como os acidentes ocorrem no trecho do Paraná, como órgão ambiental, a secretaria não pode multá-los, “mas a gente atua junto com o Instituto Água e Terra (IAT) e eles aplicam a multa; e, alguma multa que venha, fica para o Paraná”, afirma.
Texto: Herison Schorr
Jornalista formado pela Faculdade Bom Jesus Ielusc
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