Campo Alegre começa o primeiro dia de agosto com uma grande faxina. Barracas desmontadas e o esvaziamento das últimas lixeiras lotadas dão a ideia da fartura de uma festa que marcou história. Segundo análise da organização do 17º Festival de Inverno, em parceria com a Polícia Militar, cerca de 45 mil pessoas visitaram o evento. Um feito que marcou história e as histórias que passaram por ali, prometendo voltar.
“É a primeira vez que venho ao Festival de Inverno”, revelou a professora Elisangela Chavier da Rocha, de 43 anos, moradora de Joinville, enquanto registrava uma lembrança do festejo. Assim como diversos turistas, a professora soube do evento pelas redes sociais e não resistiu aos atrativos que a festa prometeu oferecer. Um dever cumprido ao longo dos três dias.

Curiosa, observava atentamente cada detalhe dos diversos artesanatos e produtos coloniais que a celebração já oferecia na entrada. Uma ‘boas-vindas’ convidativa demonstrando o que o município tem de melhor: a receptividade.
Dentre as primeiras barracas, a artesã Hermi Schawarz Heinzen, de 72 anos, uma das fundadoras da Associação de Artistas Artesãos e Produtores Rurais de Campo Alegre, finalizava satisfeita a última venda pontilhando números na maquininha de cartão. Ao seu lado, outra satisfação. De uma geração mais recente, abraçava aquilo que lhe instigava sorrisos.

A pelúcia de ovelha, animal símbolo de Campo Alegre, simbolizou, também, o prestígio ao trabalho artesanal, costurando linhas afetivas, trilhadas das mãos da menina às habilidosas da artesã, que estendia ao seu redor tantos outros laços, com tantas outras vendas.

“As vendas estão bem legais. As ovelhas e produtos de inverno, meias, palmilhas, gorros estão sendo mais procuradas. Estava muito frio ontem, e todo mundo veio correndo para comprar”, contou Hermi. O frio até pareceu providência divina, abençoando o final de semana de festa com temperaturas que branquearam gramados.

Das danças às vozes; dos livros às fotografias; dos assados ao quentão, Campo Alegre prova a cada evento que pequenos municípios sempre guardam grandes motivos para celebrar.
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Texto: Herison Schorr
Jornalista formado pela Faculdade Bom Jesus Ielusc