De feiras de rua à loja própria: artesãs de Campo Alegre contam como fortaleceram o trabalho com associação

Elas completaram no mês de junho 20 anos de fundação. Uma jornada de duas décadas ofertando a turistas e moradores o melhor do artesanato e produtos orgânicos que Campo Alegre pode oferecer. A Associação de Artistas Artesãos e Produtores Rurais de Campo Alegre, conhecida popularmente pela comunidade como Associação Mãos do Campo, hoje, com 26 membros, desenvolveu uma forma eficiente para alavancar a renda das artesãs e produtores rurais do município.

Associação comemorou em junho 20 anos de fundação. Foto: Herison Schorr

Tudo começou com uma necessidade: um espaço fixo para expor os produtos. No primeiro ano, a recém-criada associação oferecia seus trabalhos em feiras no município, como explica a agricultora e artesã Hermi Schawarz Heinzen, de 72 anos, uma das fundadoras da entidade. Um tempo depois, o grupo recebeu a oportunidade da primeira sede, ainda improvisada. “A Prefeitura fez o posto de informações turísticas e ali foi expondo. Dali em diante, só foi crescendo”, afirmou.

Hermi e Rosane estão na associação desde a fundação. Foto: Herison Schorr

Para a artesã de bolachas Rosane Fuckner Katzmann, que também é uma das fundadoras, ao observar o quanto a associação cresceu e frutificou sente-se orgulhosa pelo trabalho feito desde o início. “É um privilégio estar participando, hoje, das vendas. A perspectiva é que sempre melhore mais e que as pessoas se associem também”, disse.

Loja da associação. Foto: Divulgação

Qualquer artesão ou produtor rural que resida ou tenha residência em Campo Alegre pode fazer parte da associação, como explica a atual presidente Relinda Alandt, de 65 anos. Ao adentrar ao núcleo de associadas, o morador terá a oportunidade de expandir seu trabalho. “A associada faz o produto dela em casa, deixa pronto, e vem aqui expor. Aqui nós temos o atendimento, praticamente, com seis atendentes, que estão aqui diariante e vende o produto de todas; isso tem um bom resultado”, conta.

Relinda Alandt é a atual presidente da associação. Foto: Herison Schorr

Todos os produtos possuem uma etiqueta com o nome da artesã e, quando ele é vendido, seu nome é anotado em uma caderneta. No final do mês as vendas são contabilizadas, 13% é retirado para pagar as despesas do prédio e mais um valor para pagar as atendentes. O espaço fica aberto de domingo a domingo, das 9h30 às 17h30. Outros benefícios que o espaço proporciona são cursos profissionalizantes para toda a comunidade.

Relinda destaca que, no início, o esforço foi árduo para por a sede da entidade em pé, com a criação de inúmeros projetos e feiras para arrecadar fundos. Ela também destaca o apoio da Prefeitura do município durante o processo. “Fomos construindo, fomos levando, e estamos aí, hoje, comemorando os 20 anos”, complementou.

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Texto: Herison Schorr

Jornalista formado pela Faculdade Bom Jesus Ielusc